Informação Sumária
Padroeiro: S. Cipriano.
Habitantes: 346 habitantes (I.N.E.2011) e 324 eleitores em 05-06-2011.
Sectores laborais: Agricultura e pecuária, vinicultura, pequeno comércio e pequena indústria.
Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja paroquial, ponte romana, Palácio da Brejoeira, cruzeiros e Casa do Paço, Miradouro da Ponte, parque infantil e margens do rio Gadanha.
Gastronomia: Cozido à portuguesa, cabrito assado no forno com arroz e sopa seca.
Colectividades: Associação Mútua Bovina, Associação Sócio-Cultural e Recreativa de Pinheiros e Grupo Folclórico de Pinheiros.
Aspectos Geográficos
Pinheiros distribui-se por cerca de 281 há. e dista cerca de cinco quilómetros da sede do concelho, a vila de Monção. Faz parte do vale do rio Gadanha, rio onde se encontram muitos dos atractivos de Pinheiros, como a praia fluvial a pesca desportiva, áreas de lazer ribeirinhas e outras. A coroar todo este manancial de potencialidades turísticas acrescem-se, com não menos valor, antes pelo contrário, a Ponte romana e vários moinhos. Pinheiros confronta com as freguesias de Troporiz e Mazedo, a norte, Cambeses, a nascente, Pias e Moreira, a sul, e Lara, a poente. São seus lugares principais: Souto, Ponte, Brejoal, Carrascal, Cruzeiro, Costa, Cheira e Formigueiro.
Uma das referências desta freguesia é sem dúvida a produção do Vinho Alvarinho que prima pela qualidade excelente, e que tem para grande parte da população, um peso de relevo na economia doméstica.
Resenha Histórica
A freguesia tem um dos seus ex-líbris no Palácio da Brejoeira. Faustoso, construído entre 1804 e 1828, parece ser uma réplica do Palácio da Ajuda, em Lisboa. É um testemunho tardo-barroco, onde se plasmam ainda marcas de neoclassicismo com soluções arcaicas.
Foi abadia do Ordinário metade é simples, e entra igualmente no pé de altar; andava anexa ao morgadio dos Marinhos, por serem descendentes de D. Vasco Marinho, que instituiu o morgadio, e para isso conseguira bullas apostólicas. Dizem que fora daqui Domingos da Ponte, Galego, que fugindo em pequeno a seus pais, passou à Alemanha, onde serviu no regimento da cavalaria de Couraceiros, de que era coronel o infante D. Duarte, irmão de D. João IV, e que aí foi alferes, servindo com grande valor; e que no tempo da Aclamação passara a Portugal, onde serviu até ao fim da guerra, sempre grande cabo e muito afável.
Foi general de cavalaria na província de Trás-os-Montes, fidalgo da casa real, comendador da Ordem de Cristo, e jamais manifestou a sua pátria, nem aos maiores amigos. Pretendem-no para cidadão, como pretenderão a Homero.
Ainda a respeito da história da freguesia, no livro "Inventário Colectivo dos registos Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais /Torre do Tombo" pode ler-se na íntegra:
Na lista das igrejas situadas no território de Entre Lima e Minho, elaborada por ocasião das Inquirições de D. Afonso III, em 1258, é citada como uma das igrejas pertencentes ao bispado de Tui.
No catálogo das mesmas igrejas, mandado elaborar pelo rei D. Dinis cio 132, São Cipriano de Pinheiros foi taxada em 18 libras. Enquadrava-se no arcediagado de Cerveira.
Em 1444, D. João I conseguiu do papa que este território fosse desmembrado do bispado de Tui, passando a pertencer ao de Ceuta, onde se manteve até 1512. Neste ano, o arcebispo de Braga, D. Diogo de Sousa, deu ao bispo de Ceuta a comarca eclesiástica de Olivença, recebendo em troca a de Valença do Minho. Em 1513, o papa Leão X aprovou a permuta.
Na avaliação dos benefícios eclesiásticos pertencentes à comarca de Valença (1545-1549), levada a cabo pelo vigário Rui Fagundes, São Cipriano de Pinheiros rendia 30 mil réis.
Na cópia de 1580 do Censual de D. Frei Baltasar Limpo, refere-se que a metade com cura desta igreja pertencia ao Cabido de Braga e a outra, sem cura, ao mosteiro de Sanfins.
Segundo Américo Costa, São Cipriano de Pinheiros foi abadia da apresentação do Ordinário.
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